segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Evolução Humana - Sickness Society

Vivemos em tempos cada vez mais difíceis, ainda que digam que a sociedade esta em franco desenvolvimento. Dizem que isso é evolução; Curar doenças, conquistar a lua, Marte e o universo todo quem sabe. Dizem que em alguns anos a media de vida dos humanos será de 120 anos. Que teremos a cura de doenças que hoje sentenciam de morte nossos corpos frágeis e maltratados pelo ambiente hostil que criamos para viver.

Construímos prédios de concreto e aço armado que prometem tocar as nuvens. A liberdade de ter todo o céu ao nosso alcance, mas acabamos por fazer deles uma masmorra, a torre do castelo que nos aprisiona. Construímos carros cada vez mais velozes, mas incapazes de evitar um acidente. Carros bonitos e velozes incapazes de escapar de um engarrafamento de mais carros bonitos e velozes.

Há um verso da musica "Guitarra Y Vos" do Jorge Drexler que lembrei agora:

" Hay manos capaces de fabricar herramientas
Con las que se hacen máquinas para hacer ordenadores
Que a su vez diseñan máquinas que hacen herramientas
Para que las use la mano "

...Há mãos capazes de fazer ferramentas, Com essas que fazem máquinas para fazer computadores. Que por sua vez desenham máquinas que fazem ferramentas, Para que se usem as mãos...

O fim do controle do clero sobre o conhecimento cientifico e a ruptura definitiva entre e ciência e religião foram preponderantes para a evolução da humanidade. Mas até que ponto podemos chamar isso de evolução? O que diria Darwin de tudo isso, dessa nossa evolução às avessas. Onde nos tornamos cada vez mais frágeis e mais dependentes das estruturas que inventamos a fim de facilitar nossas vidas. Do homem pré histórico que começou a carregar consigo a ferramenta, ao invés de fazer uma sempre que necessário, aos dias de hoje em que, sem ferramenta tornamo-nos infantis, e incapazes. O quanto disso é verdadeiramente evolução?

E assim então, construímos maquinas complexas para tarefas simples. Substituímos a limitação da manufatura pela automatização de todos os processos possíveis. Não há duvidas que nossa intima intenção é de ter maquinas escravas, já que em tempo a escravização do ser humano passou a ser "politicamente incorreto". (Ter sido imoral nunca fez diferença). Temos nossos escravos modernos de aço e parafusos, de circuitos e processadores. E por fim nós é que acabamos escravos da nossa grande criação.

Vivemos em uma sociedade doente, isso é inegável até para os mais otimistas. Uma sociedade cada vez mais ligada às imposições materiais e consumistas. Vivemos em sociedade, ainda que isso signifique só usufruir das qualidades tecnológicas que a "sociedade" proporciona. Das relações humanas só nos interessa aquilo que, direta ou indiretamente nos coloque em vantagem. Que nos de algo de positivo. Não existe altruísmo de verdade, toda relação é feita de trocas de interesses, mesmo que esse interesse seja só o bem estar causado pela sensação de doação, desse elan rotulado de altruísmo.

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