quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lapso de Lucidez

Algumas vezes, preciso de um bom motivo pra escrever. Algo que vá alem das divagações de sempre, que faça sentido, por mais nonsense que pareça. Preciso de mais esperança talvez, do ponto de vista literario, preciso de mais tempo pra ser quem eu quero ser, sem a preocupação constante em ser o que esperam que eu seja.

Mas eu não consigo pensar em coisas reais o tempo todo, não consigo fazer planos concretos. Muitas vezes isso soa uma grande farsa que criada pra alimentar o ego, e me fazer dormir melhor. Ainda que minha falta de crença seja um muro, dia desses pensava em coisas que seriam possíveis ou não, como a morte. Queria então virar um fantasma, e Ficar passeando por ai sem nada importante pra fazer. E quando eu tivesse entediado, iria assombrar alguém. Seria legal morar numa loja de instrumentos musicais. Uma loja assombrada. E se fantasmas dormem, eu dormiria dentro de algum piano velho desses que ninguém tem coragem de comprar.

Sim, é nisso que penso. Viagens pelo imaginario do impossivel. Num trem sem rumo pelo campo da fantasia. Hoje penso nas conversas que tive há algum tempo, com um grande amigo. Nestas conversas ele me contava do medo constante de enlouquecer. Não dessa loucura diária, de trabalhar feito escravo pra ter uma vida melhor, num futuro que a gente nem sabe se vai existir. Não dessa loucura de viver mecanicamente, acreditando que há um caminho certo a ser seguido, e um caminho errado a ser evitado. Mas da loucura em sua forma mais cruel e complexa. Perder a razão. E do mesmo jeito que soa estranho contar dos meus devaneios quanto aos planos de futuro fantasma, atormenta um pouco contar de um sujeito tão próximo que tem uma tendência verídica à demência. Não dessa demência que usamos como adjetivo pra qualquer ato absurdo. Mas da demência em viva carne, pronta pra transformar um homem correto e capaz, numa criatura fantasmagórica, que passeia por mundos imaginários sem sequer pisar leve na realidade.

No primeiro dia em que nos vimos, depois de muitos anos. Eu era só um bêbado celebrando o recorde de 14 horas na mesma mesa de bar. Ele veio até mim, com histórias engraçadas sobre o mundo que não existia. Contou-me sobre o caminho que seguiu pelos anos. Não foi um milagre, nem foi a luz divina mirando seus olhos. Foi coincidência, ainda que alguns duvidem. Fato é que o errante tinha um mapa, e estava pronto a compartilhar comigo.

Em algum momento de sua vida, perdeu o rumo. Não adiantaria perguntar querendo explicações mais profundas sobre isso. Mas, o fato é que havia encontrado um caminho, depois de anos como errante navegador. Esse caminho era claro e otimista. Talvez nele encontrasse tudo que acreditava ser preciso pra viver. Neste caminho contemplava um futuro de coisas boas, de paz e felicidade. E Ele que já havia vivido e morrido tantas vezes. Que já havia provado dos sabores extremos da vida. Que já havia perdido mais do que jamais teve. E que buscou esperança em viagens místicas, leituras progressistas, amores impossíveis ou em todo tipo de fé. Ele que era inegável merecedor do adjetivo de errante, pois isso, sempre foi. Um errante, sem paz de espírito e sem amor próprio. Mas principalmente, sem saber pra onde ir.

Durante anos seguiu esse caminho pela simples esperança de estar certo. Pela fé de que ninguém alem dele saberia a hora certa. E aquela era a hora certa. Não fosse a distancia de casa, de tudo que era de fato seu. Seria perfeito demais não fosse a necessidade de deixar tudo pra traz, de abrir mão de tanta coisa pra seguir adiante. Ele era só mais um guri perdido, tanto quanto eu, procurando um sentido pra vida. Mas eu era velho demais pra fechar os olhos nessa busca. Ele não. Ele era o próprio Peter Pan, eternamente jovem, bravo e forte. Ambos precisávamos abrir a janela e ter mais que uma paisagem, mais que uma bela vista. Precisávamos voar.

Mas ninguém teve tempo de lhe avisar que não tinha asas. E se tivessem dito, provavelmente não ouviria.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Escrever, ou fazer pão. Eis a questão.

Quanto mais complexo o assunto, mas difícil começar. São muitas expressões não racionais, tantas sensações e idéias. E isso na maioria das vezes exige muito cuidado na hora de escrever. Dia desses encontrei em uma pasta de um backup, arquivos antigos, cartas e divagações. E apesar de não curtir nada de estatísticas, é impossível evitar a comparação do ontem com o hoje. Sinto falta de tantas coisas, mas definitivamente, não penso mais como antes. Ter que procurar uma explicação pra isso tudo, soa tão fora do eixo, tão absurdo. Às vezes pode ser mesmo melhor deixar pra lá, quando o assunto rasga a carne pra virar texto.

Eu acho bonito o "tempo certo para tudo" que acaba rolando comigo às vezes. E ao mesmo tempo me espanta a urgência, a pressa que tenho por algumas coisas. Demorei 28 anos pra aprender a gostar de Rolling Stones, mas em apenas 5 dias, decidi qual seria a melhor guitarra pra mim. Tenho paciência pra esperar 40 dias pra um cerveja ficar pronta, mas fico de saco cheio em esperar a água do chimarrão esquentar. Nunca respeitei regras cronológicas, fui mais adulto com 16 anos do que aos 22. Fui mais criança aos 28 do que aos 11. Sempre alternei as leituras, de José de Alencar a Stan Lee. Padrão literário é uma frivolidade mesmo. Comecei a ouvir Ramones muito depois de ouvir Pink Floyd, e isso parece bobagem mas, sinceramente eu não entendia Ramones aos 15. Nessa idade eu curtia muito mais o som da maquina de escrever do que de qualquer instrumento. Um bobo ou um inocente, esse era eu.

Talvez o bobo inocente tenha criado casca. Barbas e experiências por certo vieram. Em momentos, criou tanta casca que se isolou do mundo, por algum tempo, isolado da realidade, olhou mais pra dentro que pra fora. No fim das contas, uma experiência fundamental. Mas eu ainda não tenho todas as respostas. Tenho duvidas até com relação as perguntas que faço. Minha falta de fé é consciente e minhas ideologias fundamentadas, e quase sempre tenho segurança em defende-las. E ainda que tenha alguma pratica literária, desde a velha maquina de escrever Olivetti, passando por cadernos e grafites até os documentos txt, com sua cru simplicidade. Definitivamente, alguns assuntos são difíceis de verbalizar, e a tentativa chega ao limite da crueldade.

E esse texto começou como mais uma tentativa de dizer algo, que, nem de perto foi dito. Mil voltas no mesmo assunto, pisando em ovos em cada metáfora, e nem assim deu certo. Por isso talvez não abra mão dos versos de duplo, triplo e quádruplo sentido. Talvez seja mentira que o papel aceita tudo, talvez até aceite, mas não de graça. E no final, o preço pode ser caro demais.

Dia desses me arrisquei a fazer pão, com o bagaço do malte da cerveja. E cheguei a conclusão que, escrever não é como fazer pão. Pra fazer pão, é preciso talento.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Vicios

Acho que os devaneios mais loucos que tenho, são nos fins de semana. E foi num desses fins de semana sem fim. Destes que só terminam numa abissal depressão pré segunda feira, que senti vontade de fumar. Mas como assim, se eu não fumo??? Pensei nessa possibilidade então, e nos motivos de não fumar.

Não foi por falta de oportunidade, ou pela falta de oferta que não me tornei fumante. Não sei ao certo se foi minha total inaptidão para tragar, ou até uma certa repulsa pelo cheiro de enxofre que começa a fazer parte da aura do fumante. Talvez seja o efeito estimulante que não me agrade. Destes estimulantes, seja café, nicotina ou guaraná - Admito uma certa queda pelo chimarrão - Eu fico muito ligado. E sem dormir meu mau humor é quase apocalíptico.

No fundo, é curioso imaginar que pra minha geração, fumar na adolescência era aderir a uma corrente do politicamente incorreto. De gozar do proibido. De expor uma rebeldia que era a bandeira da moda. Fumar era tão proibido quanto bebidas e revistas pornográficas. Acho que essa sempre foi a santíssima trindade do mal da minha geração. Cigarros, álcool e pornografia. Não sei onde foi que errei ou acertei, sempre fiquei alheio aos cigarros. A pornografia sempre me seduziu mais que as baforadas de fumaça. A bebida sempre foi um grande desafio, hora eu vencia, hora ela me vencia. Uma briga de namorados eu diria.

Sempre conto que quando era bem guri, fazia coleção de carteiras de cigarro. Uma caixa de sapato para os box e outra para os maços. Marcas como Lucky Strike e John Player Special eram raras, numa época em que a importação de tudo era difícil. Nas capas das revistas era constante a propaganda de cigarros e bebidas. Lembro das propagandas de Hollywood e de Luxor Longo, um cigarro voltado para o publico feminino. E do eterno logo da Malboro nos macacões de formula 1. Era um tempo em que não havia pudores em fumar ou ser fumante. Mas nem a farta oferta, nem a glamorização intensa e constante do cigarro me atraíram a esse vicio.

Não fumo, mas já flertei com varias variáveis, tipo charutos e cigarrilhas. Ainda tenho um cachimbo, e em raras ocasiões eu acendo algum fumo desses com aroma de carvalho, ou de bourbon. Sou absolutamente contra essa onda anti tabagista. É hipócrita vender cigarros abertamente, cobrando imposto sobre isso, e fazendo campanhas pra que as pessoas não fumem. Morrem mais pessoas no transito que vitimas de doenças causadas pelo cigarro, e ninguém proíbe as propagandas de carro. Proibir a propaganda de algum produto, sem proibir a sua venda, é uma hipocrisia de unilateralidade que grita em nossos ouvidos o quanto somos ignorantes.

No fundo, acredito que qualquer vicio seja justo, se você consegue pagar por ele, sem encher o saco de ninguém. Seja licito ou ilícito, a única coisa que pra mim é inadmissível, é entrar num buraco de coelho, muito menor que a própria cabeça.

Mas nestes fins de semana sem fim, eu me supero quando o assunto é pensar bobagens. Seja fumar ou voar de asa delta. No fundo a segunda feira chega logo e eu acabo me escondendo denovo atrás do trabalho.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Recordar é viver, esquecer, é viver melhor...

Admiro quem consegue levar ao pé da letra essa coisa de memória seletiva. Admiro num ponto critico de quase invejar. Já tentei até, e às vezes faço de conta que consigo. Às vezes faço de conta tão bem, que quase acredito que consigo. Mas minha memória é cruel, se ela fosse uma criatura, de personalidade definida, seria algo entre o Coringa e um Tiranossauro Rex. Minha memória é tão filha da puta, que fica zoando comigo em tempo integral. Esconde o que eu quero lembrar, e fica tirando da gaveta as merdas que eu quero esquecer.

Quando eu mostro pra alguém os poderes mágicos do meu banco de dados mental, a parada fica estranha de vez. Porque em alguns casos, a lembrança é tão clara pra mim, tão viva e cheia de detalhes, que falar sobre elas soa natural como lembrar do ultimo fim de semana. Mesmo quando o ultimo fim de semana já passou há mais de 10 anos. É inevitável que a vitima ouça essa história como uma grande ficção da minha cabeça perversa. Mas, na maioria das vezes não é.

Ou isso, ou uma esquizofrenia não diagnosticada. Não, não creio.

Dia desses numa quase conversa de mesa de bar, alguém me disse pra esquecer. E realmente, a razão estava completa e quase se materializando ali do outro lado da mesa. Mas, minha sina é lembrar, esquecer é uma dádiva que acompanha poucos. A ironia daquela conversa, talvez fosse a sina compartilhada. Um se agarrando em detalhes incríveis de lembranças que, definitivamente, não faziam muito sentido. E atrás do vidro, do outro copo, o outro lutando inutilmente pra esquecer. A luta que não cessa, que cansa, mas definitivamente nunca termina.

Havia sim, vidros, nessa quase mesa de bar. Não vamos insistir nessa de esquizofrenia, ok.? Talvez não fossem copos. Enfim...

Mas eu tenho que admitir uma coisa, minha memória é foda. Eu posso não lembrar as letras das músicas na hora que me pedem pra cantar. Mas eu me lembro de coisas absurdas, de muito tempo. Certa vez comecei a escrever um livro de memórias, e a primeira era realmente, a primeira. Uma parada que aconteceu comigo quando era muito criança. Mas eu era tão criança que até minha mãe duvidou que eu lembrasse mesmo daquilo. Credibilidade de mãe não se põe a prova. Desisti do livro de memórias, logo na primeira.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A televisao me deixou burro demais... Mas eu tinha um 3em1...

Quando eu era criança, na rua em que eu morava, tinha uma família que não tinha TV em casa. Não tinha nenhuma relação com grana, eram comerciantes, tinham carro e uma casa bonita. Eram evangélicos, e a igreja não permitia, ou desaconselhava que tivessem TV em casa. Os filhos dessa família tinham praticamente a mesma idade que os outros guris da rua, éramos todos amigos. E vez ou outra gente se reunia na casa de alguém, quase sempre pelo vídeo game novo do vizinho mais sortudo. E era impressionante o fascínio que a TV fazia sobre aqueles guris.

Na minha casa também tinha TV, e tinha até um vídeo game Atari. E eu me lembro do quanto isso era importante. a vida parecia incondicionalmente ligada a esses aparelhos. Chegar em casa da escola e ligar a TV pra almoçar vendo os últimos desenhos da manha. Terminar o tema de casa, pra ganhar 1 hora cronometrada de vídeo game. Esperar a sessão da tarde, e sempre voltar pra casa antes de terminar a novela das 8. E em algumas raras vezes, aguentar o sono pra assistir o super filme que passava depois da novela. Ainda tinha o aparelho 3 em 1 da minha mãe, em que eu passava horas ouvindo discos, ou gravando coletâneas em fitas K7. A vida parecia tão doce, assim, desse jeitinho. Mas, sem TV, era impossível sobreviver.

Alguns anos se passaram desde os dias em que aposentamos aquela TV com caixa de madeira envernizada. Aposentei também o Atari e o Mega Drive que veio depois. Vieram os computadores, os jogos com teclado e mouse, a internet e as musicas MP3. O DVD aposentou o velho vídeo cassete de 4 cabeças, e o jogos de futebol agora eram ouvidos por uma radio digital, na internet. Os filmes chegavam a disposição do usuário, antes de chegar na locadora. Os computadores diminuíram, ficaram portáteis. Diminuíram mais e cabiam no bolso. A informação te seguia, você querendo ou não.

Não sei por onde anda aquela família que morava na mesma rua da minha infância, talvez continue lá. Não sei se compraram uma TV, ou se caíram nessa tentação de tecnologias. Aqui, eu me rendo a tudo isso, celulares, internet e informações em nuvem. Na minha casa tem uma TV bem legal, que honestamente, não faz a menor falta. Não vejo mais os desenhos antes do almoço, nem os filmes de tarde. Não sei o que se passa nas novelas, nem quem são os apresentadores do Jornal Nacional e do Fantástico. Duas vezes por semana, assumo o controle remoto pra assistir uma partida de futebol, afinal, esse é um vicio que transcende a tecnologia. Dia desses visitando a minha mãe, me dei conta que o jogo não passaria na TV aberta. Liguei então aquele velho 3 em 1, o mesmo da minha infância. Sintonizei uma radio AM e fiquei lá torcendo e me contorcendo pra ouvir alguma coisa no meio do chiado. Naquela tarde, a vida foi doce de novo, e no velho 3 em 1 da minha mãe, o jogo terminou 3x1.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Divagações sobre uma quase revolução interestelar.

Depois de cansativas e sonolentas 9hs de viagem no ônibus espacial Rza-Ctba, pensava nas coisas que aconteceram durante o fim de semana. As sempre proveitosas conversas, mesmo que em tom de descaso ou de papo furado. E em meio a uma breve organização mental, de tudo que aconteceu ou não. Chego a algumas conclusões simples e precisas a meu respeito. Também a respeito das pessoas que giram na mesma orbita. Bem ou mal, há planetas, estrelas e satélites. Há também poeiras e nebulosas. Muito lixo espacial vagando por aí.

Em principio, concluo que algumas pessoas tem a cruel sina de ser apenas Satélite. Rocha fria e sem vida, se aproveitando da luz de alguma estrela pra fazer de conta que tem luz própria. Essas pessoas são como vampiros. Se aproximando como quem não quer nada em troca, com um belo sorriso e uma bebida colorida e sedutora. Quando você se da conta, estes repugnantes parasitas estão se alimentando da tua energia, sem que você de a menor importância pra isso. Porque a cegueira é o principal sintoma de que esse tipo de praga atacou.

Eu não sou cego, mas também não vejo alem do alcance. Vejo que eles estão por todos os lados. Aqui e ali. Há quem não perceba e até negue a existência destes seres. Eu vejo, eles sabem disso. Sou vacinado, e cada um usa seu melhor veneno contra mim. Pouco adianta, minha carapaça é calejada contra esse tipo de aberração. Não sou invencível, só sou capaz de uma recuperação quase "Wolverineana".

Apesar de normalmente levar em conta a opinião de todos, não sou uma criatura naturalmente democrática. Não acho que algumas pessoas tenham a capacidade de discernir o certo do errado, e por isso, de escolher o que é melhor ou pior. Também não acredito que todas as pessoas sejam capazes de fazer escolhas pensando no bem comum, sem o natural instinto de se privilegiar acima de tudo. E ainda que soe absolutamente impossível, minha concepção de governabilidade é um misto de Anarquismo e ditadura.

Há algumas pessoas, satélites bem pequenos; Que por algum desvio de caráter, ou uma pancada forte na cabeça em algum momento da infância. Acreditam ser Estrelas. E enquanto cospem seu veneno por aqui e por ali, acreditam estar fazendo uma justiça divina, de separar o joio do trigo.

Uma infinita bobagem...

Não faço a menor idéia do que seja joio. E do trigo, me agradam muito as cervejas. Odeio qualquer xiitismo ideológico que defina alguém como melhor ou pior. Seja homem, mulher, Jovem ou idoso. Cago pra toda hipocrisia de quem canta em bom tom o desejo de liberdade, e se prende a qualquer medíocre corrente. Que se fantasia de revolucionário sem ao menos ter um motivo sincero pra se rebelar. Alias, muitos tem um unico motivo, que esta orbitando em volta do próprio umbigo.